
A gente vai crescendo e sempre nos reportamos às crianças que fomos... É a natureza de cada um, sua essência. Um dia nos esbarramos com alguém e, de repente, nos deparamos com outra criança só que, dessa vez, nos compreende e brincamos com nossas afinidades. Já tentei mudar muita coisa em mim, mas não me desapego do que sempre fui. Agora, só quero achar essa outra criança, reviver eternas lembranças, mergulhadas na esperança do amadurecimento de uma passada criança...mas não tão passada que não esteja presente...nem tão presente que não seja passado... talvez um passado que incida um tal futuro e traceje percursos presentes.
Penso que posso viver sem me desapegar de tais coisas... mas, como proceder se o suceder implica incansável mutação!?
Daí se torna incontestável a reflexão de não pestanejar quando se encontra em outro ser a criança que busco ser, cujas afinidades me permite reviver.
Sei que preciso continuar crescendo, e aprendendo que o cursar da vida sempre deixará máculas que precisam ser restauradas, decisões que esbravejam para serem tomadas, rumos que imploram por seguidores...!
Hoje decido prosseguir, decido não me impedir, decido e desejo me permitir... viver, entretanto romper com aquela criança que fui mas desejo ser.
O que vou viver amanhã, depende do que vou hoje fazer... Por tanto me liberto e inspiro jasmim em jardins profundos do meu coração, que sugere a singela e explosiva emoção de não mais perder por simples ilusão, oportunidades de preciosos presentes vindo em minha direção.
Agora em minha felicidade, entendo o desapego como um incrível passo para a maturidade na realidade.
POR Renata Correia
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