quinta-feira, 17 de junho de 2010

Desapego




A gente vai crescendo e sempre nos reportamos às crianças que fomos... É a natureza de cada um, sua essência. Um dia nos esbarramos com alguém e, de repente, nos deparamos com outra criança só que, dessa vez, nos compreende e brincamos com nossas afinidades. Já tentei mudar muita coisa em mim, mas não me desapego do que sempre fui. Agora, só quero achar essa outra criança, reviver eternas lembranças, mergulhadas na esperança do amadurecimento de uma passada criança...mas não tão passada que não esteja presente...nem tão presente que não seja passado... talvez um passado que incida um tal futuro e traceje percursos presentes.
Penso que posso viver sem me desapegar de tais coisas... mas, como proceder se o suceder implica incansável mutação!?
Daí se torna incontestável a reflexão de não pestanejar quando se encontra em outro ser a criança que busco ser, cujas afinidades me permite reviver.
Sei que preciso continuar crescendo, e aprendendo que o cursar da vida sempre deixará máculas que precisam ser restauradas, decisões que esbravejam para serem tomadas, rumos que imploram por seguidores...!
Hoje decido prosseguir, decido não me impedir, decido e desejo me permitir... viver, entretanto romper com aquela criança que fui mas desejo ser.
O que vou viver amanhã, depende do que vou hoje fazer... Por tanto me liberto e inspiro jasmim em jardins profundos do meu coração, que sugere a singela e explosiva emoção de não mais perder por simples ilusão, oportunidades de preciosos presentes vindo em minha direção.
Agora em minha felicidade, entendo o desapego como um incrível passo para a maturidade na realidade.

POR Renata Correia

segunda-feira, 14 de junho de 2010




Não há loucura, quando os loucos confundem os normais...

sexta-feira, 4 de junho de 2010

... (por Renata Correia)





O que será do amor?!

O que será da dor?!

O que dizer quando as palavras já não dizem mais nada?!

O que esperar quando a esperança não se concretiza?!

O que fazer quando mesmo estando juntos predomina a solidão?!

O que fazer quando a frieza corta o coração?!

O que fazer quando um olhar perfura a alma e destrói a emoção?!

Diante de tudo esperasse purificar a mácula do coração...

Curar a alma da solidão...

Sobressaltar o abismo que se rasga na imensidão...

Expulsar a angústia que corrói na escuridão...

Gerar a emoção da saliência que assombra a paixão...

Resgatar dentro de si a tão profunda força que luta no coração!

quinta-feira, 3 de junho de 2010

O JESUS HISTÓRICO (por Renata Correia)









Diante da tão evidente mistura hoje existente, manipulada por tantos, que foram condicionados a acreditar na existência de um "Cristo da fé" deusificado, o qual nega a natureza humana e cega uma possível história vivida "humanamente humana".
O "Cristo da fé", o divino, enaltecido e estabelecido pelo cristianismo, de fato não nega um "Jesus histórico", mas mostra a projeçao de um ser o qual supriria necessidades e carências sem falhas e humanismo.
É muito fácil crer por tradicionalismo e de maneira inconsciente, aceitando assim o que nos é imposto, sem raciocinar ou medir até que ponto é possivel reter a veracidade do que tem sido apresentado. Diante disso, nota-se a importância do "Jesus histórico", sem as "mistificações", aquele o qual de forma humana viveu e deixou seu legado por herança.
Dessa forma é trazido o questinamento: É possivel separar o "Jesus histórico" do "Cristo da fé"?
O "Cristo da fé" é idealizado, e seus atos são aceitos a apartir da Fé, os quais cientificamente não teriam fundamentos; mas só a partir de uma visão espiritual se torna possível denotar ou não seus atos verdadeiros, deixando assim um significante espaço para possíveis questinamentos a respeito de sua existência.
Em contrapartida o "Jesus histórico" pode ser estudado, verificado e até provado cientificamente, o que torna inquestionável a sua existência, e inegável o seu legado.
Diante de tudo isso, avista-se um destacável abismo traçado por uma tênue linha entre o "Cristo da fé" e o "Jesus histórico", o mistificado e o real, o adorado e o não conhecido, o imposto e o natural, sem que de tal forma haja cortes ou uma degeneração da fé, mas que ela seja aplicável e racional.

TALVEZ (Por Renata Correia)


Talvez tenha sido difícil encarar o quanto um olhar descreve...

Talvez devesse desviar o meu olhar...

Talvez fosse mais que um talvez...

Talvez devesse olhar como quis olhar...

Talvez compreender fosse preciso...

Talvez tudo se desvendasse em um riso...

Ou...

Talvez de um talvez não merecesse esse talvez...

Talvez esqueci de mim...

Talvez a música não toque mais...

Talvez toque e não a escuto...

Talvez de um talvez que nem talvez fosse...

Talvez seja a doce amargura...

Talvez a pureza da beleza que perdura...

Talvez seja o desvendar do coração....

ou não...

Talvez fosse...

Talvez seja...

Talvez não foi...

Talvez hoje, eu Renata seja uma poeta...

Talvez não...

Talvez as palavras falem por mim...

Talvez seja apenas meu coração...